Gaivotas resgatadas e estabilizadas pela Univali são soltas na natureza
(Foto: Nilson Coelho/PMP-BS/R3 Animal)
Três gaivotas (Larus dominicanus) foram reintroduzidas à natureza na semana passada, na Praia do Moçambique, em Florianópolis (SC). As aves marinhas foram resgatadas e estabilizadas pela equipe da Univali, por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) e todas apresentavam sinais de debilidade, apatia e desidratação.
Receberam tratamento veterinário na Unidade de Estabilização de Animais Marinhos, em Penha (SC), e finalizaram a reabilitação na Associação R3 Animal, instituição executora do PMP-BS na capital catarinense. Foram soltas no mesmo dia outras gaivotas resgatadas por instituições executoras do projeto em Santa Catarina.
Conheça o histórico e evolução clínica das três gaivotas, com informações da equipe veterinária da Univali:
Gaivota 161146: resgatada na Praia da Armação, em Penha, no dia 22 de outubro.
(Foto: PMP-BS/Univali)
Chegou com suspeita de toxinfecção alimentar, parasitismo e deficiência nutricional. Estava com as penas quebradiças, além de apresentar parasitas oculares e ectoparasitas durante o exame externo.
Recebeu medicação específica, antiparasitários e polivitamínicos. Foi acompanhada pela equipe até iniciar a alimentação voluntária. Ganhou peso, apresentou melhora no empenamento e começou a dar pequenos voos no recinto. Passou por fisioterapia e alcançou boa postura de voo.
Gaivota 161151: resgatada em Barra Velha, no dia 31 de outubro.
(Foto: PMP-BS/Univali)
Extremamente desidratada, também apresentou suspeita de toxinfecção alimentar e deficiência nutricional. Estava magra, com sinais de diarreia, além de apresentar paralisia flácida de membros inferiores e discreta falta de ar. Possuía um corte na membrana interdigital e penas quebradiças.
Passou por coleta de sangue e fezes para exames laboratoriais e tratamento medicamentoso, alimentação e hidratação. Após alguns dias, melhorou da diarreia, começou a se alimentar com peixes inteiros e alcançar boas condições corpóreas e físicas para ser reintegrada à natureza.
Gaivota 161154: resgatada na Praia de Balneário Piçarras, no dia 2 de novembro.
(Foto: PMP-BS/Univali)
Além de magra e desidratada, estava severamente estressada e com uma inflamação no coxim plantar (almofadinhas das patas) (pododermatite). Foi realizada limpeza e aplicação de pomadas tópicas, além de ataduras nas patas para evitar o contato das lesões com a superfície do recinto. Recebeu tratamento com nutracêuticos para ganho de peso. Apresentou melhora clínica e passou a ser ativa, dando pequenos voos no recinto.
Começou com alimentação em papa e depois com peixes inteiros. Foram realizados exame laboratoriais, além de passar por fisioterapia de voo antes de seguir para a reabilitação.
➡ Avistou uma ave, tartaruga ou mamífero marinho morto ou debilitado na praia? 📞 Avise o PMP-BS pelo telefone 0800 642 3341. Sua contribuição nos ajuda a preservar a vida marinha!
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ), sendo dividido em 15 trechos. A Univali monitora o Trecho 4, compreendido entre Governador Celso Ramos a Barra Velha.
Atendimento à imprensa
Assistente de comunicação PMP-BS/Univali: Fernanda Vieira de Maria
Contato: fernandavieira@univali.br / (47) 3341-7960 / Facebook