Lobo-marinho-subantártico é avistado em baía de Biguaçu (SC)
Animal marinho foi atendido por equipe especializada da Associação R3 Animal, instituição executora do PMP-BS na região da Grande Florianópolis (Foto: Nilson Coelho/R3 Animal)
A Associação R3 Animal recebeu um acionamento, através do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, sobre a presença de um lobo-marinho-subantártico (Arctocephalus tropicalis), no dia 22 de agosto. O mamífero marinho, um juvenil, estava nas pedras em frente de casas de moradores, às margens da BR-101, em Biguaçu (SC). Uma equipe de biólogos e veterinários foi até o local para avaliar o estado de saúde do animal.
Em uma avaliação preliminar, feita por um termógrafo (aparelho que detecta a temperatura em diferentes pontos do corpo), constatou-se que o lobo-marinho-subantártico estava aparentemente bem e apenas buscou o local para descansar.
Para preservar a integridade do animal e facilitar o atendimento veterinário, decidiu-se pela a translocação do lobo-marinho para um local mais próximo da base da R3 Animal, na Praia do Moçambique, onde o animal passou por alguns exames e recebeu marcação nas unhas. No dia seguinte o animal não estava mais no local e não foi mais avistado pelas equipes de monitoramento de praias.
O lobo-marinho-subantártico habita principalmente as ilhas ao norte da Convergência Antártica. Essa espécie pode ocorrer no litoral brasileiro, mas esta é uma migração errática, sendo poucos os relatos da presença desses indivíduos em nossa região.
É importante ressaltar que o Brasil é signatário do Tratado da Antártida, assinado em 1959 pelo Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica (Scientific Committee on Antarctic Research – SCAR). Como esta espécie não é considerada habitual em nossa costa, o tratado recomenda o tratamento desse animal in loco, ou seja, na área de ocorrência do avistamento do animal. “Quando necessários cuidados mais específicos, deve-se ponderar para a necessidade de levar o animal até um centro de reabilitação pois, diante do que foi estabelecido no Tratado, o animal não pode ser devolvido à natureza, pelo risco de introdução de patógenos em suas colônias”, complementa Marina Alcala, médica-veterinária do PMP-BS.
Caso encontre um mamífero, ave ou tartaruga marinha debilitada ou morta na praia, ligue 0800 642 3341. Sua ajuda é fundamental para salvar vidas!
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo na Bacia de Santos sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O PMP-BS é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. Em Florianópolis, o Trecho 3, o projeto é executado pela R3 Animal.
Atendimento à imprensa
Assistente de comunicação PMP-BS/R3 Animal: Nilson Coelho
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