Biguá é resgatado em rede de pesca durante monitoramento embarcado em Florianópolis (SC)

25 de novembro de 2019

Durante o monitoramento embarcado na baía Norte de Florianópolis (SC), a equipe do Instituto Australis, instituição executora do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), fez um resgate de uma ave marinha, mais conhecida como biguá ou mergulhão (Phalacrocorax brasilianus). O mergulhão é avistado frequentemente no ambiente costeiro de praias, rios, lagoas e, assim como outros animais marinhos, acaba ficando bastante suscetível a interação com lixo e artefatos de pesca encontrados nesses ambientes.

O indivíduo resgatado estava preso em uma rede de pesca, do tipo espera, na Praia de São Miguel, no município de Governador Celso Ramos (SC), a poucos metros da faixa de areia. Este caso pode estar associado à busca por alimento, já que o mergulhão se alimenta de pequenos peixes que são capturados nesse tipo de rede. Pela gravidade da situação, os técnicos tiveram que cortar o cabo da rede para ter acesso ao animal.

Após a retirada de pedaços do artefato de pesca do corpo do animal e da avaliação pela equipe, o animal foi encaminhado para a Unidade de Estabilização da Fauna Marinha da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Laguna (SC), a pedido dos veterinários. Esse encaminhamento foi devido ao fato de não saber o tempo em que o animal esteve preso e a possibilidade de ter sofrido afogamento. A ave foi avaliada novamente e, em 24 horas, foi constatado que o animal estava apto a voltar para o ambiente natural.

O monitoramento embarcado é realizado uma vez na semana, a ser definido de acordo com a condição de mar e vento. Em quatro anos de monitoramento, este é o terceiro animal vivo resgatado em redes de espera durante o monitoramento embarcado. Outro mergulhão e uma tartaruga-verde (Chelonia mydas) também foram encontrados na mesma situação e resgatados pela equipe. Nesses outros casos foi constatado que os animais estavam bem e a liberação foi imediata.

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. O objetivo é avaliar possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ), sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Australis monitora o Trecho 2, compreendido entre Imbituba e Governador Celso Ramos.

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Instituto Australis
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