Tartaruga-cabeçuda encalhada sem vida em praia de Barra Velha (SC) era uma fêmea adulta
A tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) registrada nesta semana pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), era uma fêmea adulta. Devido ao avançado estágio de decomposição, não foi possível comprovar a causa de morte. O animal encalhou na Praia Central de Barra Velha (SC) e passou por necropsia na Unidade de Estabilização de Animais Marinhos, em Penha (SC).
A maturidade sexual foi definida por meio da análise do desenvolvimento das gônadas. No sistema gastrointestinal não foram observados resíduos sólidos ou petrechos de pesca, apenas fragmentos de crustáceos e peixes, alimentação natural da tartaruga-cabeçuda.
Apesar do bom escore corporal, os órgãos internos estavam em processo de autólise. “Essa destruição natural dos tecidos impossibilita a identificação de lesões”, explica a médica veterinária Tiffany Emmerich. A tartaruga-cabeçuda é uma espécie oceânica, por isso, muitas vezes encalha na praia já em processo de decomposição.
O exame externo não apontou marcas compatíveis com emalhe acidental em rede de pesca, porém, não se descarta esta possibilidade. A estimativa de idade deste indivíduo é entre 20 a 25 anos, de acordo com o comprimento curvilíneo da carapaça (102,5 centímetros). Seu comprimento total era de 147 centímetros, pesando 140 quilos.
Acione o PMP-BS
Ao encontrar animais marinhos mortos ou debilitados, avise o PMP-BS pelo telefone 0800 642 3341. A ligação é gratuita e funciona diariamente das 8h às 17h30min. O registro destes animais é fundamental em estudos e pesquisas para a conservação da vida marinha.
O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. Tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ), sendo dividido em 15 trechos. A Univali monitora o Trecho 4, compreendido entre Governador Celso Ramos a Barra Velha.
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