Baleia Jubarte é avistada por equipe do Instituto Argonauta na região de Ilhabela
Na última terça-feira (06/06), uma baleia Jubarte (Megaptera novaeangliae) foi vista por técnicos do Instituto Argonauta, que realizavam trabalho do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), na região de Ilhabela. O encontro ocorreu na região conhecida como “Ponta de Sepituba”, e apesar de breve, o momento foi registrado em imagens pelo técnico do Instituto.
“Este indivíduo da espécie Jubarte já está a caminho da região de Abrolhos, onde todos os anos neste período, migram do polo para se reproduzirem em regiões mais quentes”, conta Carla Beatriz Barbosa, coordenadora do PMP-BS no Instituto Argonauta.
Segundo o oceanógrafo e presidente do Instituto Argonauta Hugo Gallo, este período exige atenção das embarcações. “Até outubro é necessário que haja mais atenção e cautela das embarcações em todo o litoral brasileiro. Já que, neste período, é relativamente comum a ocorrência de baleias Jubarte na região.”
Exuberantes e muito inteligentes, as Jubarte tornam-se objeto de curiosidade de muita gente. Porém, é preciso cautela e alguns cuidados extremamente importantes para garantir a segurança das baleias e de quem as vê.
De acordo com o disposto na Portaria IBAMA nº 117, de 26 de dezembro de 1996, é necessário respeitar algumas normas:
a) é proibido aproximar-se de qualquer espécie de baleia com motor ligado a menos de 100m (cem metros) de distância do animal mais próximo;
b) é proibido religar o motor antes de avistar claramente a (s) baleia (s) na superfície ou a uma distância de, no mínimo, de 50m (cinquenta metros) da embarcação;
c) não é permitido perseguir, com motor ligado, qualquer baleia por mais de 30 (trinta) minutos, ainda que respeitadas as distâncias estipuladas;
d) interromper o curso de deslocamento de cetáceo (s) de qualquer espécie ou tentar alterar ou dirigir esse curso;
e) não é permitido penetrar intencionalmente em grupos de cetáceos de qualquer espécie, dividindo-o ou dispersando-o;
f) é proibido produzir ruídos excessivos, tais como música, percussão de qualquer tipo, ou outros, além daqueles gerados pela operação normal da embarcação, a menos de 300 (trezentos metros) de qualquer cetáceo;
g) despejar qualquer tipo de detrito, substância ou material a menos de 500m (quinhentos metros) de qualquer cetáceo. Observadas as demais proibições de despejos de poluentes em Lei.
O Art. 3° ainda diz que é vedada a prática de mergulho ou natação, com ou sem auxílio de equipamentos, a uma distância inferior a 50m (cinquenta metros) de baleia de qualquer espécie.
No ano de 2000, uma Jubarte encalhou com vida na Praia do Bonete (Ubatuba). Uma equipe composta por técnicos do Aquário de Ubatuba, Instituto Argonauta, Projeto TAMAR – ICMBio e Fundamar, com o apoio da Polícia Militar Ambiental e Corpo de Bombeiros garantiram que o animal fosse removido da costa e recolocado em seu habitat. Incrivelmente, dez anos mais tarde, em 2010, este mesmo animal foi visto se reproduzindo em Abrolhos.
O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Pólo Pré-Sal da Bacia de Santos. O projeto é conduzido pelo IBAMA e coordenado pela Univali sob a responsabilidade do Instituto Argonauta no litoral norte do estado de SP.
Caso você aviste um animal debilitado ou morto (golfinho, ave ou tartaruga marinha) nas praias de Ubatuba, Caraguatatuba, Ilhabela ou São Sebastião, entre em contato com o Projeto através do telefone 0800-642 33 41.