Instituto Argonauta prepara soltura de seis pinguins reabilitados

Os pinguins foram resgatados e tratados durante as atividades do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).

10 de dezembro de 2018

Técnicos do Instituto Argonauta estão preparando a soltura de seis pinguins de Magalhães (Spheniscus magellanicus) que passaram por tratamento no Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD), em Ubatuba. Para formar o grupo a ser solto, três indivíduos foram encaminhados pelo Instituto Gremar do Guarujá, um do Instituto de Pesquisas Cananéia (IPEC) e dois pinguins foram resgatados pelo Instituto Argonauta.

Todas essas instituições executam o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), desenvolvido para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental das atividades da Petrobras no Polo Pré-sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama e coordenada pela Univali.

Depois do período de recuperação nos Centros de Reabilitação, em Cananéia, no Guarujá e em Ubatuba, as aves já se encontram reabilitadas e devem ser liberadas na natureza nos próximos dias. “Estamos aguardando as condições climáticas ideais para programar a soltura dessas aves em alto mar, para que elas possam fazer a viagem de volta a seu habitat, na Patagônia Argentina – de onde migram anualmente, trazidas pelas correntes marítimas em busca de alimento”, afirmou o presidente do Instituto Argonauta, o oceanógrafo Hugo Gallo.

Para obter informações após a soltura, em tempo real de rota e destino desses animais, o Instituto Argonauta vai instalar um transmissor via satélite no dorso de um deles, operado por meio do Sistema Argos. A metodologia de fixação por colagem, do transmissor, foi desenvolvida em parceria com o Aquário de Ubatuba. Todos os testes de fixação por colagem do transmissor, foram realizados com êxito no pinguinário do Aquário. O Instituto Argonauta reabilita pinguins desde sua criação, em 1998.

Essas aves percorrem longas distâncias nadando e chegam às praias do litoral Norte, muitas vezes, bastante debilitadas, desidratadas, magras e com frio (hipotermia). Às vezes chegam com doenças e ferimentos que necessitam de cuidados.

Em geral os indivíduos apresentavam condições corporais ruins, estavam desidratados e com temperatura instável. Passaram por um processo de estabilização intensivo, recebendo cuidados até que começassem a se alimentar sozinhos e controlar sua temperatura sem o auxílio dos aquecedores.

Após receberem tratamento por aproximadamente três meses, os animais começaram a apresentar sinais positivos para uma reintrodução, como impermeabilização das penas, interesse pelo alimento e instinto de caça, ganho de peso e interação com o grupo, tendo assim como expectativa. “Essa etapa é a melhor parte do trabalho”, concluiu a bióloga Carla Beatriz, diretora do Instituto Argonauta.

A equipe do Instituto Argonauta orienta que ao encontrar um animal marinho debilitado, o ideal é não se aproximar, pois, dependendo da espécie, o mesmo pode se tornar agressivo caso se sinta ameaçado. Para ajudar nesse trabalho de encalhes de aves, mamíferos ou tartarugas marinhas ligue para o PMP-BS 0800-6423341 ou diretamente para o Instituto Argonauta:
(12)3833-4863
(12)3834-1382 (Aquário de Ubatuba)
(12) 38335753
(12) 99705-6506 – WhatsApp

Sobre o Instituto Argonauta
O Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha é uma organização não governamental sem fins lucrativos fundada em 1998 pela diretoria do Aquário de Ubatuba e atua em projetos de resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, além de executar o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP-BS) no litoral Norte de São Paulo.
Conheça nosso trabalho
www.institutoargonauta.org
www.facebook.com/InstitutoArgonauta/

Sobre o PMP-BS
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é coordenado pela Univali, e executado pelo Instituto Argonauta na região do litoral Norte paulista.

Caso encontre algum animal marinho vivo debilitado ou morto na orla das praias que vão de Ubatuba - SP até Laguna - SC lique para o 0800 642 3341