Nos dias 21 e 22 de setembro, a equipe do Instituto Australis, através do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), participou do Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias.

Diariamente, duas equipes fazem o monitoramento, percorrendo 11 praias desde o município de Imbituba até Palhoça, ambos no litoral Sul de Santa Catarina. Os técnicos e monitores contribuíram na maior ação de limpeza de praias do mundo recolhendo o lixo encontrado durante o trajeto diário nas praias da Pinheira de Baixo, Pinheira de Cima, Gamboa, Guarda do Embaú, Silveira, Rosa e Siriú.

Em função do mal tempo, a limpeza da Praia Vermelha aconteceu dia 28 e a equipe auxiliou no recolhimento do lixo coletado pelos voluntários locais. No dia 22, técnicos e monitores contribuíram também na limpeza da Praia de Itapirubá Sul, em Laguna, onde 47 pessoas entre organizadores e voluntários, coletaram 123 quilos e mais de 2.416 itens identificados em um quilômetro de trecho de praia. Em seguida, o material coletado foi levado pela equipe até a base do Instituto Australis e foi recolhido pela CooperZimba, empresa que fará a reciclagem e destinação correta dos resíduos.

Este ano, na praia de Itapirubá Norte, onde está localizada a base operacional do Instituto Australis, a ação somou 42 pessoas, incluindo a equipe e voluntários. Há seis anos o instituto coordena esta iniciativa. Foram recolhidos 52,3 quilos de lixo, sendo identificados 1.530 itens em 600 metros de trecho de praia. Para nossa surpresa, o micro plástico foi o material mais recolhido, totalizando 647 unidades.

O lixo é um dos maiores fatores degradantes do ambiente marinho. Milhares de espécies oceânicas são afetas pelo plástico, micro plásticos e artefatos de pesca, o que está levando a uma destruição de habitats e declínio do número de espécies. As redes de pesca, por exemplo, são construídas com materiais que podem levar até 600 anos para se decompor. Quando perdidas ou descartadas incorretamente no mar, são consideradas redes fantasma, causando grandes riscos à vida dos animais marinhos. Segundo estudos, estima-se que esse material seja responsável por uma diminuição de 30% das espécies marinhas. Portanto, nossa luta é a favor da vida nos oceanos e da conservação de todas as espécies, mas para isso, é preciso que cada um faça a sua parte. Por isso, recicle, reutilize, recolha seu lixo das praias e das ruas, descarte seu material de pesca corretamente.

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. O objetivo é avaliar possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ), sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Australis monitora o Trecho 2, compreendido entre Imbituba e Governador Celso Ramos.

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