Monitoramento de praias: uma jornada diária pela conversação da fauna marinha
Nossos técnicos e monitores do @lecufpr via Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) percorrem diariamente cerca de 80 km de praias para resgatar animais marinhos debilitados ou mortos no litoral paranaense.
Vamos te mostrar o dia a dia desse trabalho na série “Monitoramento de praias: uma jornada diária pela conversação da fauna marinha”.
Para iniciar, escolhemos a exuberante Ilha do Mel, trecho com belas praias localizada no município de Paranaguá. A ilha do Mel é protegida por duas unidades de conservação de âmbito estadual – a Estação Ecológica ao norte da ilha e o Parque Estadual Ilha do Mel, situado na parte sul – que são de administração do Instituto Água e Terra, autarquia vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná.
Como funciona o monitoramento na Ilha do Mel?
Diariamente uma equipe com duas pessoas percorre 19 km de praias de bicicleta ou a pé pelas trilhas entre os trechos de ida e volta ao trapiche.
A ação conta com um monitor local e um ou dois técnicos que embarcam de Pontal do Sul. O trabalho envolve o registro em GPS dos pontos de início e fim dos trajetos monitorados, além de marcação dos pontos de ocorrência da fauna encontrada. As informações coletadas são inseridas no Sistema de Informação de Monitoramento da Biota Aquática (SIMBA).
Segundo o técnico de monitoramento Filipp Soares, o trecho inicial de monitoramento é feito de acordo com o vento e maré. O maior trecho é o da praia Farol / Fortaleza com 8km de monitoramento (16km somando ida e volta) e o menor a Praia de Fora, com aproximadamente 500m.
Desde 2015, nossa equipe registrou a ocorrência de 1.268 animais marinhos debilitados e mortos na Ilha do Mel.
“Nosso maior desafio é pedalar na areia em dia de sol com um calor escaldante ou dias de vento e chuva que dobram o esforço da pedalada. Mas é gratificante pelo visual da Ilha, independente das condições climáticas”, afirma Filipp.
Essa tem sido a rotina de @ofilsoares, da técnica @renatabuffa e do monitor local, Hélio Ribeiro. Há cada três meses, os técnicos de monitoramento revezam os trechos nos cinco municípios monitorados no litoral, com exceção dos monitores locais que são contratados para o mesmo trecho de monitoramento situados nas Ilha do Mel e Superagui.
Agora que você conheceu um pouco mais sobre o nosso trabalho de monitoramento, o que acha deste trabalho? Conte-nos nos comentários!
Nossa próxima parada será a tradicional terra do fandango e da cataia junto dos profissionais locais que monitoram o Parque Nacional do Superagui. Até lá!
✅ Sobre o PMP-BS
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.
O PMP-BS é realizado desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ), sendo dividido em 15 trechos. O LEC UFPR é responsável por monitorar e avaliar os encalhes no Trecho 6, compreendido entre os municípios de Guaratuba, Matinhos, Paranaguá, Pontal do Paraná e Guaraqueçaba (PR).
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Atendimento à imprensa
Assistente de comunicação PMP-BS/UFPR: Fernanda Dort
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