Você Sabia que as Unidades de Conservação da costa brasileira são locais seguros para parada ou destino de aves migratórias?
As áreas costeiras preservadas são refúgios importantes para a parada ou destino de aves migratórias. Só no litoral do Paraná, área compreendida como trecho 6 do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), monitorado pelo Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná, existem unidades de conservação como Parque Nacional do Superagui, Estação Ecológica de Guaraqueçaba, APA de Guaraqueçaba, que são essenciais para que aves migratórias possam se alimentar ou descansar com segurança.
“Esses locais apresentam condições e recursos necessários para as aves se manterem, principalmente após o período de migração no qual, muitas vezes, esses animais chegam ao nosso litoral exaustos, comenta Liana Rosa, bióloga e gerente do PMP-BS/UFPR.
A espécie bobo-pequeno (Puffinus puffinus), por exemplo, chega a percorrer mais de 9 mil km do Reino Unido para a costa brasileira e raramente ela para para se alimentar no período de migração. Geralmente, essa espécie chega apresentando um quadro que chamamos de “síndrome caquexia”, ou seja, com desnutrição severa. Por isso, essas áreas são importantes para elas se recuperarem e tenham força para voltarem para suas áreas de reprodução, complementa.
Anilhamentos
Os anilhamentos, segundo informações do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (CEMAVE), são (marcações) de grande relevância para a ciência pois através dessas marcações é possível observar padrões migratórios, distribuição geográfica, longevidade, composição populacional e mesmo obter informações sobre mortalidade das aves marinhas, conforme imagens acima. Arraste para o lado>>
🌊 Sobre o PMP-BS
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. O projeto tem como objetivo avaliar possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos encontrados mortos.
O PMP-BS é realizado desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ), sendo dividido em 15 trechos. O Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (LEC/UFPR) é responsável por monitorar e avaliar os encalhes no Trecho 6, abrangendo os municípios de Guaratuba, Matinhos, Paranaguá, Pontal do Paraná e Guaraqueçaba (PR).
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