PMP-BS/ Univille realiza necropsia de baleia-jubarte na Praia da Enseada.

20 de outubro de 2020

Na manhã de hoje (20), o PMP-BS/Univille recebeu alguns acionamentos informando sobre uma baleia morta boiando próximo à zona de arrebentação da Praia de enseada, em São Francisco do Sul (SC).

Quando o animal encalhou na faixa de areia, nossa equipe se deslocou até o local e constatou que se tratava de uma baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) filhote, nascido nesta temporada reprodutiva, em avançado estágio de decomposição.
De acordo com a equipe técnica (veterinário necropsista e biólogos) a baleia é um macho de 5,6 metros de comprimento e peso estimado em uma tonelada. Mesmo em avançada decomposição foram coletadas amostras para possível identificação da causa da morte e realizada a coleta de material osteológico para a coleção do Acervo Biológico Iperoba da

Univille Universidade – São Francisco do Sul

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Desde 2015, início do PMP-BS foram registrados 9 encalhes desta espécie na região norte de Santa Catarina, trecho monitorado pela Univille, sendo este o segundo caso de 2020. O outro indivíduo foi registrado e necropsiado na Praia de Ubatuba, no dia 20 de agosto. (leia aqui: https://www.facebook.com/pmp.univille/posts/2477246422567517). Segundo o coordenador de pesquisa do Projeto Baleia Jubarte, Milton Marcondes, esta é a quarta baleia-jubarte que encalha no litoral catarinense neste ano e a de número 64 no litoral brasileiro.
Para animais de grande porte, como as baleias, a necropsia é feita na praia e a carcaça enterrada no local do encalhe, conforme orientações do Protocolo de Conduta para Encalhe de Mamíferos Aquáticos da REMANE (Rede de Encalhe de Mamíferos Aquáticos do Nordeste). Para o caso desta jubarte, o PMP-BS/ Univille contou com a parceria da Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul, através da Secretaria de Obras dos Balneários e Secretaria de Meio Ambiente, que prontamente disponibilizou uma máquina retroescavadeira para correta destinação da carcaça.
Sobre a espécie
A baleia jubarte ocorre em todos os oceanos. Chega ao Brasil entre os meses de julho e novembro, a procura de águas quentes para o período reprodutivo. Abrolhos, na Bahia é um grande berçário da jubarte, a gestação dura cerca de 11 meses. Alimentam-se de Krill, um pequeno crustáceo parecido com camarão. Mas enquanto estão na costa brasileira, as grandonas sobrevivem de suas reservas de gordura. As nadadeiras peitorais medem cerca de um terço do comprimento total do corpo da baleia jubarte, daí seu nome científico “Megaptera novaeangliae” que significa “grandes asas” e “Nova Inglaterra” – local da primeira avistagem. Realizam grandes saltos fora d´água e os machos possuem um canto característico para chamarem a atenção das fêmeas. A expectativa de vida da espécie é de 60 anos.
Encontrou um animal marinho morto ou debilitado? Ligue 0800 642 3341 / (47) 3471 3816 (base) / (47) 99212 9218 (whatsapp).
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. A Univille monitora o Trecho 05, compreendido entre Araquari a Itapoá.

Atendimento à imprensa
Assistente de comunicação PMP-BS/Univille: Fabiana Rodrigues
Contato: fabiana.r@univille.br / (47) 3471-3816 / Facebook

Caso encontre algum animal marinho vivo debilitado ou morto na orla das praias que vão de Ubatuba - SP até Laguna - SC lique para o 0800 642 3341