Lixo: o grande vilão para os animais marinhos

28 de julho de 2017

O achado de lixo em animais marinhos se tornou corriqueiro nos exames realizados pela equipe veterinária do Biopesca. Esse trabalho ocorre no âmbito do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) desde agosto de 2015 e já identificou diferentes tipos de resíduos presos no corpo de aves e tartarugas ou ingeridos por essas e outras espécies marinhas.

Um exemplo recente foi o lixo retirado do trato digestório de um macho juvenil de grazina-mole (Pterodroma mollis), encontrado já sem vida pela equipe do Biopesca na praia de Mongaguá, litoral sul de São Paulo, no dia 16 de julho. Pesando apenas 255 gramas e caquética, essa pequena ave havia ingerido partes de uma bexiga plástica (fotos), atestando mais uma vez o impacto das ações humanas no bioma marinho.

O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Pólo Pré-Sal da Bacia de Santos. É conduzido pelo Ibama e tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e recolhimento dos mortos. A área de abrangência do projeto engloba os municípios litorâneos dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e do Rio de Janeiro e compreende mais de 1.500 km de costa.

Ao encontrar animais marinhos mortos ou debilitados na praia, a população pode entrar em contato pelo telefone 0800 642 4441 ou pelo celular 13 99601 2570 (a cobrar ou pelo WhatsApp).

Caso encontre algum animal marinho vivo debilitado ou morto na orla das praias que vão de Ubatuba - SP até Laguna - SC lique para o 0800 642 3341