No carnaval que passou, a consciência ambiental foi o nosso enredo

28 de fevereiro de 2018

NO CARNAVAL QUE PASSOU,
A CONSCIÊNCIA AMBIENTAL
FOI O NOSSO ENREDO

Fevereiro chega ao fim e com ele mais um Carnaval vira história. Época de diversão e alegria para milhares de pessoas em todo país, que se reúnem para extravasar e comemorar – mas que também potencializa o volume de lixo produzido nas ruas.

Segundo reportagem publicada no portal G1 no último dia 18, em apenas 10 dias foram retiradas 1.076 mil toneladas de resíduos deixados em blocos, bailes, festas e no Sambódromo do Rio Janeiro, além de 437 multas por descarte irregular. Um quadro que, certamente, em maior ou menor proporção, se repetiu por todo território nacional.

Muitos não veem os grandes problemas que esse lixo causa aos ambientes litorâneos e, consequentemente, aos animais que integram nesses ecossistemas.

Algumas aves, por exemplo, tendem a se alimentar de iscas coloridas ou brilhantes e fornecem esse “alimento” aos seus filhotes, sem saber o mal que lhes causará.

Já tartarugas marinhas como as da espécie Chelonia mydas (tartaruga-verde) não são seletivas em sua alimentação na fase juvenil e ingerem tudo que encontram pela frente. O lixo fica parado em seu trato digestivo, elas sentem-se saciadas e param de se alimentar, o que causa desnutrição e até mesmo pode acarretar no óbito.

E o que fazer para que isto não se repita ou piore a cada ano? Um bom início é despertar nas pessoas o respeito e a consciência pelo local onde aproveitam o Carnaval.

Por isso, este ano, realizamos pela primeira vez em nossa Base de Estabilização em Itanhaém (SP) um bloco consciente: o “TartaFolia”. Começamos realizando oficinas para confeccionar instrumentos, fantasias e camisetas com material reciclável; e concluímos desfilando pelas ruas da Praia do Centro, fazendo da consciência ambiental nosso “enredo” deste ano.

PMP-BS

A educação ambiental é um dos pilares de nossa ação pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). O objetivo do Projeto é avaliar a interferência das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário a animais vivos e mortos. O PMP-BS tem caráter regional e está relacionado ao processo de licenciamento ambiental da Etapa 2 do pré-sal.

Durante o monitoramento, todos os animais vivos encontrados pelas equipes de campo são avaliados para verificar se precisam de atendimento veterinário. Se positivo, são então encaminhados a um dos centros de reabilitação. Após o tratamento, os animais são novamente avaliados para atestar se já estão aptos a serem soltos, o que ocorre após a marcação de cada um dos indivíduos. Isso permite que seja feito um acompanhamento, caso o animal reapareça em outra região. Nos animais mortos é realizada necropsia para identificar a causa da morte e avaliar se houve interação com atividades humanas tais como pesca, embarcações e óleo.

A área de abrangência do monitoramento engloba os municípios litorâneos dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e do Rio de Janeiro.

O Gremar é uma das organizações que atua em prontidão 24h pelo PMP-BS, com bases em funcionamento nas cidades de Guarujá e Itanhaém. Em caso de avistamento de animal marinho encalhado, ferido ou morto, o acionamento pode ser feito pelo telefone 0800-642-3341.

Caso encontre algum animal marinho vivo debilitado ou morto na orla das praias que vão de Ubatuba - SP até Laguna - SC lique para o 0800 642 3341